Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 593
Em meio ao cenário brutal, os professores palestinos seguem cumprindo um papel de linha de frente, seja em sua função educacional, seja como voluntários no campo da assistência humanitária aos deslocados.

Aliança Democrática dos Professores Palestinos: Sobre os ataques da ocupação aos professores e escolas
Diante da continuidade da agressão sionista brutal contra a Faixa de Gaza, persistem os crimes de genocídio contra o povo palestino – crimes que não poupam crianças, mulheres ou idosos, e que atingem deliberadamente a infraestrutura e os fundamentos da vida. No coração desse cenário sangrento, os professores palestinos seguem cumprindo um papel de vanguarda na linha de frente, seja em sua função nacional e educacional, seja como voluntários no campo da assistência humanitária aos deslocados – sobretudo às crianças que perderam suas casas, escolas e famílias.
Apesar dos riscos extremos e do horror do genocídio em curso, professores e professoras não hesitaram em cumprir seu dever. Tornaram-se pilares fundamentais na continuidade dos serviços educacionais emergenciais e do apoio psicológico às crianças nos centros de abrigo e em instalações alternativas. Nos últimos dias, vários de nossos colegas foram diretamente atacados pelas forças de ocupação, o que resultou no martírio e ferimento de dezenas deles enquanto exerciam seu dever humanitário – uma cena que reflete a determinação da ocupação em destruir a estrutura social palestina e eliminar todas as formas de vida e resistência.
O ataque deliberado a professores, bem como a transformação de escolas e centros de abrigo em alvos militares, constitui um crime de guerra hediondo, flagrante violação do direito internacional humanitário e uma transgressão das convenções internacionais que garantem a proteção dos trabalhadores dos setores humanitário e educacional, e que proíbem qualquer agressão contra eles ou contra os locais onde atuam.
Diante dessa realidade trágica, nós, da Aliança Democrática dos Professores Palestinos, afirmamos o seguinte:
A proteção dos trabalhadores humanitários – incluindo os professores – é uma responsabilidade legal e moral da comunidade internacional. As instituições internacionais competentes devem responsabilizar a ocupação e julgá-la por seus crimes.
Conclamamos a ONU e suas instituições especializadas a assumirem suas responsabilidades, garantindo proteção imediata e abrangente às escolas e centros de abrigo, bem como apoiando a continuidade das atividades educativas e humanitárias, mesmo em meio às condições de guerra.
Exigimos a abertura de uma investigação internacional urgente e independente sobre os ataques contra professores, trabalhadores humanitários, instituições educacionais e centros de abrigo – todos protegidos pelo direito internacional –, com o objetivo de levar os responsáveis por esses crimes à justiça internacional.
Enfatizamos que o ataque aos professores está diretamente ligado ao massacre contínuo de milhares de crianças e estudantes palestinos – dezenas de milhares foram mortos, feridos, mutilados ou desaparecidos em um dos crimes mais horrendos da história contemporânea.
Por fim, expressamos nosso profundo orgulho e admiração pelos professores e professoras, bem como por todos os trabalhadores dos setores educacional e humanitário, que representam os mais altos valores de compromisso nacional e humano diante da catástrofe. Também manifestamos nossa solidariedade às famílias dos mártires e feridos, e desejamos plena recuperação aos que foram feridos.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 107 mártires e 247 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 3.613 mártires e 10.156 feridos.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 53.762 e 122.197 feridos desde o 7 de outubro de 2023.