Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 597
Colonos israelenses invadiram Jerusalém ocupada, atacaram palestinos, profanaram a Mesquita de Al-Aqsa e invadiram a sede da UNRWA sob escolta de ministros do governo de extrema direita.

Sionistas marcham em Jerusalém
Colonos israelenses comemoraram a criticada “Marcha das Bandeiras” sionista em Jerusalém ocupada no dia 26 de maio, invadindo os pátios da Mesquita de Al-Aqsa, arrombando a sede da UNRWA e assediando palestinos pela cidade.
A marcha ocorre anualmente durante o feriado israelense do "Dia de Jerusalém", que celebra a ocupação da cidade em 1967. Vídeos nas redes sociais mostram colonos gritando “Morte aos árabes” nos bairros muçulmanos da cidade ocupada.
Outros gritos incluíam: “Que sua aldeia queime.” Um vídeo mostra um jovem sendo cercado por um grupo de colonos israelenses e agredido no Portão de Damasco.
Centenas de colonos invadiram os pátios da Mesquita de Al-Aqsa na manhã de segunda-feira, acompanhados pelo ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, e por vários membros do Knesset e ministros, incluindo o ministro para o Neguev e a Galileia, Yitzhak Wasserlauf.
“Subi ao Monte do Templo pelo Dia de Jerusalém e rezei pela vitória na guerra, pelo retorno de todos os nossos reféns e pelo sucesso do novo chefe do Shin Bet – o major-general David Zini. Feliz Dia de Jerusalém!”, declarou Ben Gvir no recinto da mesquita.
Barreiras metálicas foram erguidas ao redor do local sagrado enquanto a polícia israelense impunha severas restrições aos palestinos, proibindo sua entrada no complexo da Mesquita de Al-Aqsa.
Fontes locais citadas pela agência de notícias WAFA afirmaram que pelo menos 1.500 colonos entraram no local.
Colonos também invadiram a sede da UNRWA – a agência da ONU para refugiados palestinos – carregando faixas e entoando slogans que pediam o “controle e ocupação” israelense do local.
“Essa incursão constitui um ato agressivo e provocador, uma grave violação do direito internacional e das resoluções da ONU, além de um ataque direto às instituições da ONU que operam no território palestino ocupado”, afirmou a Governadoria de Jerusalém em nota oficial.
O governo israelense acusa a UNRWA de ter ligações com o Hamas e de estar envolvida na Operação Tempestade Al-Aqsa.
A ‘Marcha das Bandeiras’ deste ano ocorre em meio a uma escalada significativa da violência de colonos contra palestinos na Cisjordânia ocupada.
Nos últimos dias, colonos incendiaram plantações de trigo pertencentes a palestinos, atearam fogo em casas e veículos e expulsaram famílias de suas residências.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 79 mártires e 211 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 3.747 mártires e 10.552 feridos.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 53.901 e 122.593 feridos desde o 7 de outubro de 2023.