Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 600
Aos 600 dias do genocídio em Gaza, a Frente Popular conclama à intensificação da revolta mundial e árabe para romper o cerco, frear a agressão sionista e julgar os responsáveis pela guerra de extermínio contra o povo palestino.

FPLP: 600 dias de extermínio
Hoje, recordamos os 600 dias da contínua guerra de extermínio criminosa sionista contra a Faixa de Gaza, que constituiu — e ainda constitui — um dos crimes mais horrendos e atrozes da história contemporânea. Diante dos olhos do mundo, nosso povo palestino em Gaza enfrenta horrores indescritíveis: massacres coletivos, um holocausto diário, assassinatos deliberados de crianças e mulheres, ataques a hospitais, centros de saúde, escolas de abrigo, médicos, equipes de resgate, jornalistas, além da destruição da infraestrutura e de casas sobre as cabeças de seus habitantes. Tudo isso acompanhado de políticas de deslocamento forçado e fome, numa tentativa de esvaziar Gaza de seu povo e completar o projeto de genocídio e expulsão.
Nesta data dolorosa, saudamos com orgulho as massas do nosso povo firme e resistente na Faixa de Gaza e sua valente resistência, que continua a enfrentar com bravura essa agressão brutal, encarnando a vontade do povo palestino de resistir e se libertar, custe o que custar.
Saudamos também os povos do mundo, especialmente as mobilizações populares crescentes nas capitais ocidentais, que vêm se aproximando, passo a passo, da responsabilização de seus próprios governos. Por meio da luta diária, essas mobilizações têm imposto mudanças graduais na posição de alguns países ocidentais e desmascarado a hipocrisia de certos regimes e seu papel na sustentação da agressão. Contudo, até o momento, esses movimentos e posicionamentos não conseguiram deter a guerra devastadora.
Nós da Frente Popular pela Libertação da Palestina, e por ocasião dos 600 dias da guerra de extermínio, reafirmamos o seguinte:
Primeiro: A prioridade absoluta é pôr fim imediato à agressão e romper o cerco imposto à Faixa de Gaza. Esta é uma responsabilidade do conjunto da comunidade internacional e da humanidade.
Segundo: Esta guerra criminosa e destrutiva não teria perdurado sem o apoio total e conivente dos Estados Unidos — militar, político e financeiro —, que forneceu a cobertura para que a ocupação seguisse cometendo seus crimes e violando o direito internacional. Isso faz do governo norte-americano um parceiro direto nos crimes de guerra em curso.
Terceiro: É necessário manter e intensificar a pressão popular e de massas em nível mundial, nas próximas horas e dias, nas praças, capitais, frente às embaixadas e instituições cúmplices da agressão, em apoio aos direitos do nosso povo, exigindo o fim da agressão, o rompimento do cerco e o julgamento dos líderes da ocupação por seus crimes.
Quarto: É imprescindível enfrentar o plano de famélica do inimigo, conhecido como "engenharia da fome". A entrada de ajuda humanitária deve ocorrer exclusivamente por meio de agências competentes da ONU, rejeitando qualquer instituição duvidosa que atue como fachada para os interesses da ocupação ou seus instrumentos.
Quinto: Convocamos as massas árabes a intensificarem suas mobilizações populares e nacionais contra a agressão sionista e contra a normalização, pressionando pelo fim da guerra e do cerco, e enfrentando a guerra de fome executada com ferramentas sionistas e ocidentais — reafirmando a centralidade da Palestina na consciência árabe e a unidade do destino comum.
Enfrentar a agressão e os planos sionistas-americanos de liquidação é uma batalha da humanidade inteira contra essa entidade sionista fascista. Conclamamos à ampliação e ao fortalecimento da frente de resistência e da mobilização global até que a agressão cesse, o cerco seja levantado e os criminosos assassinos sejam levados à justiça.
Glória aos mártires, cura aos feridos, e vitória à nossa resistência e ao nosso povo heroico.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 28 mártires e 179 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O número de mártires e feridos desde 18 de março de 2025 atingiu 3.924 mártires e 11.267 feridos.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 54.084 e 123.308 feridos desde o 7 de outubro de 2023.